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O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Se não acreditava em inferno astral, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, deve estar levando a sério a mística pela qual os 30 dias anteriores ao aniversário são ricos em energias desfavoráveis.
Dias, que completa 63 anos em 5 de março, vive seu pior momento no cargo e tem inclusive a demissão cogitada na reforma ministerial preparada pelo presidente Lula.
Primeiro, foi o caso das "quentinhas invisíveis", revelado pelo jornal O Globo na quinta-feira (6), no qual entidades contratadas pela pasta para a distribuição de marmitas não estariam entregando a quantidade de refeições previstas em contratos.
O caso rendeu abertura de investigação e um pedido de afastamento do ministro ao Tribunal de Contas da União (TCU), por parte do senador Flávio Bolsonaro (PL).
Na sexta, Dias foi desmentido publicamente pelo próprio governo, após dizer, em entrevista, que havia estudos em andamento para o aumentar o valor do Bolsa Família.
O mercado financeiro reagiu mal, e a Casa Civil apressou-se em lançar nota contradizendo Dias e descartando qualquer reajuste.
No mesmo dia, o ministro participou de um evento no Piauí, seu Estado, e foi perguntado, em entrevista, se permanece no cargo. Respondeu que é um ministro político, que o compromisso dele e de Lula é tirar o Brasil do mapa da fome e que a nova composição da Esplanada deve ser montada pensando na eleição de 2026.
A pasta é cobiçada por praticamente todos os partidos aliados, por cuidar do Bolsa Família e de outros benefícios sociais que servem de vitrine para ambições eleitorais.