A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro embarcou neste fim de semana para os Estados Unidos, a fim de assistir à posse de Donald Trump. Michelle representa a si mesma e ao marido, Jair Bolsonaro, que ficou em Brasília porque o ministro Alexandre de Moraes não concordou em devolver-lhe o passaporte.
Nenhum dos dois representa o Brasil. Na tradição das posses americanas, esse papel cabe ao embaixador.
Bolsonaro foi ao aeroporto levar Michelle e chorou por não poder embarcar. Não foi por “maldade” do ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro teve de ficar fora do convescote da direita, na posse de Donald Trump.
O ex-presidente teve o passaporte apreendido porque foi indiciado no inquérito que investiga a tentativa de golpe, em 2022. Outros suspeitos estão na mesma situação. Alexandre de Moraes não atendeu ao pedido para liberar o passaporte porque entendeu que havia risco de o ex-presidente fugir.
Pode-se dizer que Bolsonaro “morreu pela boca”. Se não tivesse tantas vezes defendido os direitos de os investigados pelos atos violentos de 8 de janeiro fugirem para outro país, poderia ter conseguido a liberação.
