Montados como alternativa para acomodar os desabrigados pela enchente de maio, os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) remanescentes em Porto Alegre e Canoas serão desmontados até o final do primeiro semestre deste ano.
O vice-governador Gabriel Souza, que articulou com a Organização das Nações Unidas (ONU) a montagem dos centros, diz que os CHAs tiveram papel importante para dar dignidade às pessoas que estavam nos abrigos, mas perto de completar um ano da enchente o governo tem outras opções. Parte dos desabrigados irá para moradias provisórias, outra parte para as casas definitivas.
— O governo federal garantiu que todas as pessoas de baixa renda que perderam suas casas com a enchente teriam casas, mas as entregas estão atrasadas. Se não fossem os CHAs, essas pessoas ainda estariam em abrigos — afirma Gabriel.
Nesta segunda-feira, Gabriel e o secretário de Habitação, Carlos Gomes, realizarão uma visita técnica ao local onde estão sendo instaladas as primeiras 80 moradias temporárias de Porto Alegre. Essas estruturas serão montadas na rua Vida Alegre, 200, no bairro Sarandi.
A diferença entre um Centro Humanitário de Acolhimento e um abrigo como os montados logo depois da enchente é grande. Nos abrigos, dezenas de famílias ficavam em um mesmo espaço, dormindo em colchões, sem separação. Nos CHAs, existem divisórias nos quartos. A estrutura comum inclui cozinha, refeitório, lavanderia e espaço de lazer para as crianças.