Uma hora e 15 minutos de debate na RBS TV mostraram que Sebastião Melo e Maria do Rosário tentaram isolar a candidata Juliana Brizola.
Ela, por motivos óbvios, já que as duas disputam uma vaga no segundo turno. Ele porque prefere um eventual segundo turno com Maria do Rosário, contando com a elevada rejeição da candidata do PT. Sempre que foi possível escolher com quem debater, Melo escolheu Rosário e vice-versa.
— Eles me isolam porque querem continuar com essa política do ódio. Nenhum dos dois tem capacidade de dialogar — reclamou Juliana nas considerações finais.
Mesmo assim, o prefeito acusou as adversárias de estarem jogando em dupla ou de estarem “casadinhas”, já que foi criticado pelas duas, com cobranças idênticas e promessas semelhantes para diferentes áreas.
Melo criticou as duas, acusando-as de serem candidatas de esquerda, estatizantes, com propostas que exigem mais do que os recursos disponíveis no orçamento.
Quente do início ao fim, o debate foi respeitoso e civilizado, sem descambar para ataques pessoais em nenhum momento. As críticas — duras, é verdade — ficaram restritas ao plano político e administrativo.
A enchente de maio e suas consequências pontuaram o debate nos três blocos, mas sobrou tempo para discutir saúde, educação, transporte público, habitação e desenvolvimento econômico.
Nenhuma proposta inovadora surgiu, na comparação com outros confrontos: em conteúdo, foi mais do mesmo, com cobranças ao prefeito pela falta de manutenção do sistema de proteção às cheias e promessas, dos três, de que tudo vai melhorar a partir de 2025.