O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O PT de Porto Alegre ingressou com ação na Justiça Eleitoral para retomar a cadeira do vereador Marcelo Sgarbossa, atualmente sem partido. O processo tramita desde março no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) e deve ser analisado nas próximas semanas.
Sgarbossa era suplente e assumiu o mandato na Câmara Municipal no início do ano. No entanto, o vereador teve uma passagem pelo PV em 2022, e sua refiliação ao PT foi rejeitada pela executiva municipal e, mais tarde, pela executiva estadual. Ele apresentou recurso ao PT nacional, mas ainda não obteve resposta.
No processo movido pelo PT, uma das testemunhas de defesa do vereador é o ex-governador Olívio Dutra.
Por ora, Sgarbossa tem exercido mandato na Câmara sem pertencer a nenhum partido. Dedicado a construir uma candidatura de "frente ampla" que represente a oposição ao governo de Sebastião Melo em 2024, o vereador nomeou em seu gabinete pessoas de diferentes partidos - dentre eles, o ex-prefeito José Fortunati.
Entenda o caso
Duas vezes vereador pelo PT em Porto Alegre, Marcelo Sgarbossa ficou na segunda suplência do partido em 2020. No ano passado, ele deixou o PT e se filiou ao PV, argumentando que foi incentivado por petistas a fazer esse movimento para ajudar a fortalecer a aliança de Edegar Pretto na disputa ao governo do Estado.
Na eleição de 2022, os vereadores titulares Laura Sito e Leonel Radde foram eleitos deputados estaduais, o que abriu vaga para Sgarbossa na Câmara.
Ele retornou ao PT e assumiu o mandato, mas teve a filiação impugnada por Adeli Sell e Everton Gimenis, que são os próximos na lista de suplência do partido. Os dois acusam o vereador de cometer infidelidade partidária por ter passado pelo PV em 2022.
O retorno de Sgarbossa aos quadros do PT foi vetado pela executiva municipal em fevereiro e pela estadual, em março.