O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com a meta audaciosa de transformar o PL em primeira ou segunda legenda com maior número de prefeitos no Estado, o deputado federal Giovani Cherini foi confirmado como presidente estadual do partido nas eleições municipais de 2024 e nas gerais de 2026. A garantia foi dada pelo cacique nacional do PL, Valdemar Costa Neto, durante reunião em Brasília, na terça-feira (1º).
Cherini sabe que os partidos que tradicionalmente elegem o maior número de prefeitos no Rio Grande do Sul são PP e MDB, e que uma das razões que explica o fato é a capilaridade das duas legendas, estruturadas com diretórios na maioria dos 497 municípios gaúchos.
Por isso, a prioridade de Cherini é organizar 14 coordenadorias regionais do PL, mobilizando a militância para lançar candidaturas próprias nas maiores cidades do Estado em 2024.
A exceção é Porto Alegre, onde o PL está representado pelo vice-prefeito Ricardo Gomes, que deverá repetir a aliança com Sebastião Melo (MDB) em 2024.
— Está pacificado. O nosso candidato é o Melo, com o Ricardo Gomes de vice, e com a possibilidade de virar a chapa e o Ricardo concorrer a prefeito (em 2028) — projeta Cherini.
Tanto Valdemar quanto Cherini apostam na figura do ex-presidente Jair Bolsonaro para impulsionar as candidaturas do PL no Estado. Questionado pela coluna sobre qual será o papel que caberá a Onyx Lorenzoni, derrotado no segundo turno da disputa ao Piratini em 2022, Cherini garante que ex-ministro também participará das eleições municipais.
—O Onyx é um dos nomes, mas falta muito tempo (para as eleições de 2026). Estamos construindo candidaturas próprias a senador, governador. Mas é muito cedo — desconversa o presidente estadual do PL.
Nos bastidores, aliados dizem que o desejo de Cherini é concorrer a senador em 2026 e fazer de sua esposa, Adriane Cerini, a sucessora na Câmara.