O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Dirigentes municipais do Cidadania no Rio Grande do Sul lançaram nesta quinta-feira (17) um manifesto de apoio à candidatura da deputada estadual Any Ortiz ao governo do Estado. Cumprindo o segundo mandato na Assembleia, Any foi a terceira deputada mais votada do Estado em 2018, com mais de 94 mil votos. É a primeira vez que o nome de uma mulher é cogitado para concorrer ao Piratini em 2022.
Assinado por cerca de 20 presidentes de diretório e encaminhado às executivas estadual e nacional do Cidadania, o documento ganhou adesão durante a tarde, nos grupos do partido em redes sociais. "Any Ortiz tem a linguagem para ser compreendida, a imagem para ser aprovada e o posicionamento certo para criar o melhor programa de governo", diz um trecho do texto.
O surgimento do nome de Any, que até então estava disposta a concorrer a deputada federal, também é produto da indefinição entre o MDB e o PSDB, parceiros naturais do Cidadania, que participou dos governos José Ivo Sartori e Eduardo Leite. Como os potenciais aliados ainda não lançaram candidato, os correligionários de Any acreditam que ela pode liderar a aliança que dê sequência ao atual projeto de governo.
— Entendemos que a Any, até pelo potencial eleitoral dela, poderia ser um nome forte, e confeccionamos essa carta para que ela pense no assunto — disse o presidente do diretório de Porto Alegre, Rodrigo Karam.
A deputada, que está cumprindo roteiro na região Sul do Estado, foi surpreendida pelo movimentos dos colegas de partido. À coluna, ela disse que sente-se honrada com a indicação.
—Fico muito feliz e muito honrada com a indicação da base do meu partido, e vamos ver como isso vai se desenrolar com meu nome sendo colocado. A indefinição dos nossos parceiros também gera esse movimento — disse a deputada.
Nos próximos dias, Any deve abrir diálogo com políticos de outros partidos e com a direção nacional do Cidadania, que no momento discute a possibilidade de formar uma federação com outras legendas.
— Vamos ampliar as conversas. Quero ouvir os demais partidos e conversar com as lideranças que estão conosco. Ajudamos o Estado a chegar ao momento em que chegou, aprovando reformas e ajudando nas privatizações. Hoje o Estado retomou a capacidade de investimento, e não podemos correr o risco de perder esses avanços.