A afirmação da coluna de que o boicote do PT e dos partidos que gravitam em torno dele foi o responsável pelo fracasso dos atos de 12 de setembro incomodou dirigentes e militantes petistas. Em nota assinada pelo presidente do PT no Estado, Paulo Pimenta, e pelo líder da bancada na Assembleia, Pepe Vargas, o partido diz que quem boicotou o protesto de domingo foram os próprios organizadores.
“Na nossa opinião, o ato foi boicotado pelos próprios organizadores, quando priorizaram transformar o protesto em palanque de presidenciáveis e de ataque ao ex-presidente Lula, colocando 2022 na frente de 2021”, diz a nota.
Pepe e Pimenta lembram que o PT participou de todos os atos “Fora Bolsonaro” chamados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
“Estaremos nas ruas, novamente, no dia 02 de outubro, no próximo ato da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, com a participação de vários partidos. Defendemos a participação, no dia 02, de todas as forças democráticas e progressistas que queiram barra barrar o avanço do fascismo no Brasil e, como pauta central, o impeachment de Bolsonaro”, diz o texto.
Na avaliação de militantes petistas em grupos de WhatsApp, a questão não é a divergência ideológica com as companhias, mas com a incoerência do MBL, que seria comparada a alguém sentar para tomar café ou almoçar com quem lhe chama de ladrão. As imagens e vídeos dos atos, com bonecos infláveis de Lula vestido de presidiário e palavras de ordem de que o lugar do Lula é na cadeia deixaram os petistas mais convencidos do acerto em não participar do protesto.
Nos grupos bolsonaristas, o fracasso das manifestações de domingo está sendo comemorado como “prova” de que só o presidente Jair Bolsonaro é capaz de mobilizar a sociedade brasileira e que seus adversários são minoritários, já que no 7 de setembro os protestos contra ele também tiveram baixa adesão.
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