Foi uma figura de linguagem, o conhecido “bode na sala”, que garantiu a aprovação da reforma da previdência dos servidores municipais de Porto Alegre. O prefeito Sebastião Melo não conseguia aprovar o projeto de emenda à Lei Orgânica porque faltava um voto e o vereador Airto Ferronato (PSB) não queria ser o 24º, o decisivo.
Os dois vereadores do PDT avisaram que votariam contra, seguindo a orientação do partido. Melo então retirou o projeto da lista de prioridades e colocou o bode na sala: pôs a andar uma proposta mais dura, que aumentava de 14% para 22% a contribuição previdenciária do valor que exceder R$ 6,4 mil, o teto do INSS. Além disso, a contribuição de aposentados e pensionistas passaria a ser cobrada a partir de um salário mínimo.
As associações de servidores com melhores salários se mobilizaram e pediram a Ferronato que repensasse sua posição, mesmo com o Simpa pressionando pelo voto contra.
Na negociação, Ferronato conseguiu compensar o desgaste negociando uma vantagem para pensionistas, que em vez de 50% receberão 60% do valor do salário do servidor (a) falecido (a), mais 10% por dependente.
Melo celebrou a aprovação como a vitória do diálogo:
— Conseguimos mostrar que a alternativa seria pior. Ganham os servidores e ganha a cidade.
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