O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Sob o risco de ver uma debandada no diretório estadual do Rio Grande do Sul, a direção nacional do PTB concordou em assumir uma dívida de cerca de R$ 4 milhões, originada da eleição de 2014. Como o débito deixaria o partido em situação de insolvência no Estado, deputados e outros líderes locais chegaram a discutir uma retirada em bloco antes das eleições de 2022.
Nesta quinta-feira (18), o secretário jurídico do PTB, Luiz Gustavo Cunha, esteve em Porto Alegre e participou de uma audiência na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), ao lado do presidente estadual do partido, Luís Augusto Lara
— Agora será lavrado termo de acordo gerando a solidariedade e o parcelamento do devido, assumido pelo diretório nacional — disse Lara à coluna.
O problema teve origem na eleição de 2014, quando a prestação de contas do PTB estadual foi reprovada pela Justiça Eleitoral. Isso ocorreu porque o dinheiro doado ao partido por pessoas em cargos em comissão foi repassado aos candidatos sem a identificação dos doadores originais.
Com a rejeição das contas, o PTB foi condenado a devolver R$ 1,6 milhão, a valores da época, ao Tesouro Nacional. Como os candidatos também foram condenados, ao longo do tempo, a devolver o montante recebido, a dívida foi assumida pelo partido na integralidade, somando cerca de R$ 3,2 milhões. Depois da condenação definitiva, houve duas tentativas de parcelamento — ambas geraram acréscimos de multas e pagamentos de honorários à Advocacia-Geral da União (AGU). Com isso, a pendência se aproximou dos R$ 4 milhões em valores atuais.
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