Um dia depois de dizer que não aceitaria a presidência estadual do PSL, para não ter de administrar a distribuição de recursos do fundo eleitoral, o deputado Ruy Irigaray voltou atrás. Irigaray cedeu aos apelos do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e do vice, Antônio de Rueda, que não aceitam a permanência do deputado federal Nereu Crispim no comando.
Irigaray fez três exigências para assumir a presidência: indicar um tesoureiro de sua confiança, definir critérios claros para a distribuição do fundo e “levantar a bandeira do presidente Jair Bolsonaro no Rio Grande do Sul”. Amigo de Eduardo Bolsonaro e defensor incondicional do presidente, Irigaray trabalha pelo retorno de Bolsonaro ao PSL.
A direção nacional concordou com as três exigências e o novo tesoureiro será o procurador licenciado Rodinei Candeia, candidato a vereador em Passo Fundo. O atual tesoureiro, Roberto Silva da Rocha, seguirá na presidência do PSL em Porto Alegre.
O dinheiro será distribuído de acordo com o potencial eleitoral dos candidatos a prefeito e vereador, quesito difícil de aferir, respeitada a regra que manda destinar 30% para as candidatas mulheres. A preocupação de Irigaray é não deixar margem para futuras acusações de uso de laranjas, caso o partido invista em uma candidata que faça meia dúzia de votos.
O deputado elogia o trabalho de Crispim na organização do PSL e diz que não tem culpa se, por problemas familiares, o deputado se queimou com a direção nacional. Irigaray se refere ao divórcio litigioso de Crispim e Carolina Lompa, que seria candidata a vice na chapa encabeça por César Augusto, em Canoas, mas foi impedida pelo ex-marido.
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