Se em 2019 o foco do governo do Estado foi o enfrentamento da crise financeira e as reformas para impedir que as despesas continuem crescendo acima da receita, em 2020 a expectativa é de colher os primeiros frutos de um trabalho silencioso feito ao longo do ano pelo secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, e sua equipe.
Com o mantra de que o capital que conta no século 21 é o humano, Lamb trabalha para mostrar que a saída para a crise do Rio Grande do Sul está no conhecimento que produz inovação.
No ano passado, trilhou as estradas do Rio Grande do Sul em viagens de contatos com universidades, empresas, prefeituras e sociedade civil para criar uma rede de ecossistemas de inovação e montar o mapa do programa Inova RS.
Houve dias em que saiu de Porto Alegre às 4h da manhã, viajou 400 quilômetros, participou de reuniões e retornou à Capital à noite. Isso explica por que o gasto com o Inova RS foi de apenas R$ 23 mil.
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lamb sonha com o dia em que o Estado deixará de perder os jovens mais talentosos para São Paulo ou para outros países:
— Temos de conectar as universidades às empresas e criar um ambiente atrativo para os pesquisadores e para quem quer empreender. Não dá mais para aceitar que o única saída possível é pelo aeroporto.
Na mesma lógica do Pacto Alegre, na Capital, o secretário considera importante mostrar os frutos da inovação assim que começam a ser colhidos:
— As pessoas precisam entender que a revolução deste milênio é a da tecnologia. Só assim vamos aumentar a produtividade e, em consequência, a renda.
Aliás
Os números reforçam a crença de que a saída para o Rio Grande do Sul se dará pelo conhecimento. São 21 universidades, 15 parques tecnológicos, 11,5% da produção científica brasileira e 24 incubadoras de empresas.
Informação que salva
Foi a convicção de que para se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis os jovens precisam estar bem informados o motor do programa lançado pela Secretaria Estadual da Saúde no Palácio Piratini, em parceria com Unesco.
Os altos índices de gravidez na adolescência e de jovens contaminados com o vírus HIV indicam que o poder público tem, sim, obrigação de intervir, já que nem todos os pais se sentem à vontade para orientar os filhos sobre sexo.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que é preciso se aproximar e dialogar com os jovens para conter o avanço da aids no Estado:
– Estamos aqui para dizer sim a uma nova estratégia, usando metodologias que cheguem aos adolescentes. Esse modelo é um novo jeito de fazer prevenção na área da saúde. Os jovens serão protagonistas.
Relator definido
Luís Roberto Barroso foi escolhido relator da ação da Procuradoria-Geral do Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona a lei que limitou a contribuição dos militares à Previdência a 10,5% em 2021.
A PGE pediu, em liminar, que trecho que limita o desconto seja declarado inconstitucional.