O orçamento do IPE-Saúde terá um reforço de R$ 13 milhões por mês neste ano para pagamento de serviços médicos. Passará dos R$ 172 milhões de 2019 para R$ 185 milhões em 2020.
O diretor-presidente da instituição, Marcus Vinícius de Almeida, diz que esse aumento foi possível graças ao sucesso nas negociações com os poderes do Estado, que, concordaram em regularizar pagamentos acrescentando R$ 5 milhões mensais ao fluxo de caixa. Outro fator decisivo foi o equilíbrio atuarial nos contratos com prefeituras e órgãos da administração direta.
— Os contratos com municípios, fundações e empresas públicas são vitais ao IPE- Saúde. Por conta da ação direta de inconstitucionalidade movida por uma entidade sindical, em 2018, a cobertura de cerca de 195 mil usuários ficou ameaçada. Conseguimos em, novembro passado, judicialmente, a possibilidade de renovação destes contratos.
Para acabar com as controvérsias em relação aos convênios com instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que permitem ampliar a base de contribuintes e usuários do plano de saúde, neste ano o governo deve propor uma emenda constitucional garantindo essa prerrogativa.
Com mais receita, a direção do IPE Saúde esperta recuperar o passivo e, ao mesmo tempo, garantir a regularidade dos pagamentos. Uma das primeiras ações a ser adotada pelo órgão tem como foco reduzir o montante das contas retidas em 2019, referente a ações judiciais em que os principais hospitais e clínicas oncológicas do Estado foram impactados. De janeiro a setembro de 2019, essas retenções somaram R$ 27,4 milhões.