O deputado Giuseppe Riesgo (Novo) ficou espantado com as condições subumanas do centro de triagem improvisado pelo Piratini para alocar as viaturas onde estão presos que aguardam vagas em penitenciária. O parlamentar foi impedido de tirar fotos, mas relatou à coluna sua impressão.
Na visita ao espaço, próximo do Instituto Psiquiátrico Forense, na Capital, o deputado viu 20 policiais vigiando mais de 40 presos em pelo menos 13 viaturas. Os números crescem a cada dia.
Detidos com doenças contagiosas compartilham o local com policiais e outros presos. Além de reclamarem do frio, os presos não tomam banho há dias. Segundo Riesgo, a maioria passa o dia algemada dentro das viaturas, sem local adequado para dormir ou praticar atividades. Há dois banheiros químicos no local usado por policiais e presos.
O deputado foi até o local após saber da realocação dos detidos — na noite de sábado, o governo tirou das imediações do Palácio da Polícia as viaturas que guardavam os suspeitos e as mandou para o bairro Partenon. Ele é autor de projeto que incentiva a construção de presídios pela iniciativa privada.
— A situação é absolutamente insustentável. Além das condições subumanas às quais os presos estão expostos, os policiais e as viaturas usadas para abrigar os presos deixam de estar na rua para proteger a sociedade — disse Riesgo.
Após a vistoria, ele ligou para o secretário estadual de Administração Penitenciária, Cesar Faccioli, e solicitou uma reunião para esta quinta-feira (18).
