
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O governo federal lançou, na última semana, um guia para adultos e crianças com o objetivo de construir um ambiente digital mais seguro, equilibrado e saudável entre as famílias e a internet.
Intitulado Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais, a publicação também oferece recomendações para o combate ao excesso de tempo em frente às telas, sejam de celulares, tablets, computadores ou televisões.
O guia explica à população sobre o funcionamento das plataformas digitais e a relação entre comportamento e padrões de uso. O documento apresenta, principalmente, recomendações e alertas para os riscos associados ao ambiente digital, como o uso excessivo até a exposição a práticas de violência ou vitimização por crimes.
Para a elaboração, o material contou com a participação de pesquisadores da área e também levou em conta a opinião de crianças e adolescentes de diversas faixas etárias. A publicação traz orientações tanto para familiares, cuidadores e educadores.
Para João Brant, secretário de Politicas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, pasta que liderou a elaboração do documento, o objetivo é ajudar aos reponsáveis a tomarem as melhores decisões em relação ao uso de telas.
– A aceleração digital que vivemos, nos pegou sem todos os instrumentos para lidar com isso. Precisamos conseguir manter o bom uso das telas e enfrentar os problemas decorrentes do uso excessivo, e é nessa direção que o guia vai. Ele faz isso sem ter nenhum tipo de ingerência sobre a dinâmica das famílias ou das escolas, mas buscando apoiar as decisões cotidianas dos familiares e dos educadores — disse à coluna.
Algumas orientações:
- Que crianças com menos de dois anos não utilizem telas;
- Que o uso tenha acompanhamento de pais ou responsáveis;
- Que escolas evitem tarefas que estimulem o uso de telas;
- Que os pais sejam exemplos no uso correto dos dispositivos;
- Que a responsabilidade do bom uso seja compartilhada entre pais, filhos, escola e empresas;
- Que seja informado às crianças e adolescentes sobre cyberbullying;
- Que empresas sejamesponsabilizadas pelos materiais publicados nas redes.