O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O Rio Grande do Sul bateu o recorde de emissões de passaportes e de reconhecimento de cidadanias. Em 2024, foram emitidos 14.238 passaportes para cidadãos italianos residentes no Estado, sendo o maior número da história do Consulado-Geral da Itália em Porto Alegre. Além disso, o órgão consular reconheceu 6.464 cidadanias italianas a descendentes que vivem no RS.
O Cônsul-Geral da Itália no RS, Valerio Caruso, atribui os resultados aos investimentos realizados nos últimos dois anos, que tinham como objetivo justamente agilizar e qualificar os serviços consulares.
— É uma marca extraordinária, fruto de um resultado de um trabalho de uma equipe excepcional, que demonstra o comprometimento e o profissionalismo de todas as pessoas do Consulado — afirmou Caruso à coluna.
Em 2022, por exemplo, eram dez pessoas, número que Caruso ampliou para 47. Também houve investimentos em tecnologia, comunicação e o projeto Andiamo, que levou os serviços para emissão de passaportes aos municípios do interior.
Segundo o Cônsul, antes o órgão emitia cerca de 15 passaportes por dia. Em 2024, foram atendidos diariamente 150 cidadãos, com a média de 80 passaportes emitidos ao dia.
Aumento dos anos anteriores
O número de passaportes atingidos em 2024 superou em 5,4% a quantidade de 2023, mesmo com o consulado fechado durante um mês devido a enchente, que só conseguiu retomar os serviços a pleno dois meses depois. Na comparação com 2021, o crescimento foi de 1.081%. Nas cidadanias o número foi 60% maior do que 2023.
— Para nós, hoje o passaporte representa realmente um vínculo com a Itália, uma porta aberta da nossa origem, cultura e a oportunidade que nosso país oferece. Estamos comemorando a satisfação de ter ajudado muitas famílias e pessoas no exercício de seus direitos consulares e que nos motiva a continuar aprimorando os nossos serviços.
Segundo o consulado, a estimativa é de que 4 milhões de gaúchos tenham direito a solicitar a cidadania italiana. A comunidade reconhecida cresce 7% ao ano e a meta é conceder 10 mil novas cidadanias nos próximos dois anos.