
Eu poderia falar sobre Diego Costa, que decidiu o jogo contra o Huachipato, ou Marchesín, que está há cinco jogos sem levar gol e fez defesas importantíssimas. Até mesmo do Cristaldo, que deu mais uma assistência. Mas o que eu quero é destacar Walter Kannemann e o que ele significa pra mim, como torcedora.
Uma foto muito bem captada pelo fotógrafo do Grêmio, Lucas Uebel (veja abaixo), circulou bastante nas redes sociais nesta quarta (5), dia após a classificação para as oitavas da Libertadores. E ela representa muito bem o que é Walter Kannemann.
Um zagueiro argentino que parece ter nascido pra jogar com as nossas cores. Um cara que tem o DNA do Grêmio na veia, que traduz em campo tudo aquilo que o gremista adora: raça, entrega e vontade até demais. As vezes falha, como todo ser humano, mas sempre deixando tudo o que tem dentro das quatro linhas.
Pro Kannemann, não existe bola perdida. Se precisar dividir com a cabeça, ele vai sem medo algum. Desistir não é opção. É um cara que joga Gauchão como se fosse Libertadores e que treina como se fosse jogo. Depois de ver a foto, lembrei de uma coletiva do técnico Roger Machado, quando ainda treinava o Grêmio.

Naquela oportunidade, Kannemann estava lesionado e não podia jogar, mas contou o Roger que ele chegou incendiando o vestiário, como sempre, e falando a seguinte frase: "não somos cantores, não somos atores, não somos músicos, somos jogadores de futebol. Somos pagos pra correr até morrer e ganhar". E é exatamente isso que ele faz em todo jogo.
Walter Kannemann é puro suco de Grêmio e do que é ser ídolo. Que privilégio ser da geração que está vendo de perto a sua história no clube.