A frase não é minha. Ela foi dita na tarde deste domingo (26), quase noite, pelo colunista Diogo Olivier, com certo constrangimento pelo respeito ao profissional. Eu estou recuperando o enunciado por concordar com ele e não ter constrangimento, sabendo que o que será escrito aqui servirá para o jogador se dar conta do que acontece.
Douglas Costa foi contratado e festejado, por muito dinheiro, para ser protagonista do time do Grêmio. Não consegue.
No domingo, fez assistência para o gol marcado por Vanderson. Foi sua única contribuição efetiva até aqui. Tem gente que acha, e talvez tenha razão, que ele deva ser reserva de Alisson. Como se sabe, Alisson é o rei da transpiração, mas é quase um mendigo na técnica. Suas contribuições vão muito pouco além da força de vontade, o que é elogiável. Ele entrega profissionalmente o que pode.
Douglas Costa é Seleção, é Bayern, é Juventus, é craque de outra esfera. Mas não consegue jogar e fica estorvando a conciliação tática que o treinador pretende para seu time. Se o coloca na ponta, não tem força. Se o coloca no meio, ele nada produz.
O que fazer, então? Deixar um jogador com este retrospecto profisssional na reserva num time que não consegue sair do Z-4 parece um absurdo. Mas quando se vê Douglas Costa em campo, conclui-se que pode não ser um absurdo.
O Diogo tem toda razão: ele é um estorvo para o Grêmio. Ainda espero pelo seu grande futebol, mas a cada jogo reforço a ideia de que o clube pode ter entrado numa fria, contratando um jogador caríssimo e com resultado beirando o nada.