
Nas suas noites de insônia depois de ver o Grêmio jogar tão pouco contra a Chape, Felipão sentou-se no seu escritório, saindo do quentinho da cama, para se juntar a sua calculadora e fazer contas sobre necessidades do seu time neste Brasileirão.
Ninguém ousa cobrar nada mais do que tirar o time do rebaixamento. E Felipão não quer prometer mais nada. Dez pontos até aqui em 13 jogos dão uma média de 25,6%. Faltam 25 jogos — ou seja, 75 pontos para disputar. O Grêmio precisa de 35 para absoluta tranquilidade de que não será rebaixado. Não é tão difícil. Uma pequena melhorada e vai dar tudo certo.
O treinador gremista não quer se iludir. Ele enxerga dificuldades e não consegue superá-las. Os obstáculos que enfrenta são superiores até para um treinador experiente como é o Felipão. Nada se vê em campo de produção dos trabalhos do treinador.
Ainda tem jogos atrasados, tem Copa do Brasil contra o Flamengo. Ou seja, falta tempo para organizar um treinamento mínimo que melhore taticamente o time.
Assim, ele coloca quatro zagueiros, três volantes e mais um lateral-esquerdo para parar aquele time ruim da Chapecoense e garantir uma vitória apertada, com mau futebol.
Felipão tem razão. A hora é de correr atrás dos 35 pontos. É o campeonato do Grêmio, nada mais — e com chances de insucesso se não der uma boa melhorada.