Felipão jogou o insucesso para cima dos jogadores do Grêmio. Quando ele fala que tem de ter garra, sugere que os atletas não estão lutando como se precisa. Se diz que não pode perder bola, está contrariando o futebol — onde perder a bola é algo rotineiro no jogo.
O treinador não assume nada em relação aos maus resultados. Esta história de "fechar a casinha" acaba fazendo do goleiro Gabriel Chapecó um jogador saliente em todos os jogos, mesmo que tenha falhado no primeiro gol do São Paulo.
Quando Felipão coloca quatro zagueiros, três volantes e mais um lateral-esquerdo, ele abre mão de qualquer possibilidade ofensiva e chama o adversário para dentro do seu campo. Contra a Chapecoense deu certo, menos pela estratégia e muito mais pela falta de qualidade do adversário. Já contra o São Paulo foi suicídio esportivo.
Com uma estrutura mega defensiva do Grêmio, o São Paulo foi para a frente. Chapecó fez duas grandes defesas, Reinaldo chutou uma bola no poste e, logo depois, veio o gol. Na entrevista, Felipão prometeu mudar jogadores e o esquema. Tomara que tenha sorte e sabedoria.
O Grêmio precisa, também, do seu histórico treinador. Ele também tem responsabilidades importantes neste processo. Milhares de torcedores ainda acreditam em Luiz Felipe Scolari. Vai lá, Felipão.