Recordo-me do discurso forte do treinador Lisca quando entendeu, na Série B do ano passado, sem o VAR, que o seu time, o América-MG, fora prejudicado pela arbitragem. Até teve a petulância de pedir que Leonardo Gaciba largasse o seu cargo como presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
Lisca defendeu o desemprego deste profissional, o que os treinadores detestam, porque são vítimas de muitas demissões.
Pois, no jogo da Copa do Brasil, contra o Ferroviário-CE, na cobrança de pênaltis, a bola entrou meio metro dentro do gol do seu time. O árbitro não entendeu assim e não validou o gol. Isto significou a eliminação do time cearense, que perdeu cerca de R$ 1,7 milhão por sair da Copa do Brasil.
O América continua por um erro absurdo, entendido por todos, menos pelo árbitro do jogo. Desta vez, não ouvi discursos do Lisca pedindo por boas arbitragens. Desta vez, o seu silêncio marca a hipocrisia crescente no futebol.
As reclamações e pedidos de seriedade e justiça só acontecem quando se acham prejudicados. Esta barbaridade que aconteceu no Estádio Independência não mereceu nenhuma frase deste treinador.