O Grêmio não tem vice-presidente de futebol. Também não tem treinador. E ainda não tem executivo. Quando Renato treinava o Grêmio, o vice de futebol e o executivo eram dispensáveis. Ele e o presidente Romildo Bolzan tratavam os assuntos de futebol sozinhos. Mas agora, sem Renato, tudo mudou.
O clube quer preencher todos estes lugares que, para muitos, são indispensáveis no futebol moderno. O cargo político não encontra pretendentes — pelo menos aqueles que o presidente gostaria de ter. Enquanto isto, não vem o treinador, nem o executivo.
Romildo quer dar ares públicos de que é o vice-presidente de futebol que contrata estas pessoas, pois está na chefia do departamento. Só que o treinador já está contratado, pelo que se informa.
Como não se encontra um vice-presidente, o treinador perde um tempo importante para trabalhar com os jogadores. Tiago Nunes poderia estar treinando o time já nesta quinta-feira. Não estará.
Logo ali, vem a final do Gauchão. Não pense quem me lê que os dois grandes não estão dando bola para o Estadual. O Inter vive um longo período sem títulos, e seu torcedor está sedento de ver uma faixa entrando no Beira-Rio. O Grêmio quer o tetracampeonato e ver o treinador colorado desgastado nos Gre-Nais — o primeiro, ele já perdeu.
Tudo o que o Grêmio tem entregado para seus torcedores são vitórias na maioria dos Gre-Nais e títulos do Gauchão. Serão clássicos muito importantes e estão ali na frente. O treinador precisa conhecer mais os jogadores e, com eles, montar um time competitivo. Uma perda de tempo que pode ser perigosa.