Talvez o torcedor colorado tenha se surpreendido com a notícia de que a direção do Inter quer contratar dois centroavantes. A mim, não chega a surpreender. Explico por que: não faz muito, teve de entregar Gustagol, que veio por empréstimo do Corinthians e que recebeu uma tentadora proposta da Coreia do Sul. Não é um jogador de primeiro nível como Guerrero, mas fazia a função do centroavante, e o treinador até pensava, em determinados momentos, em usá-lo junto com o peruano.
Neste momento, Guerrero ficou como única opção do setor para o treinador Eduardo Coudet. Mas o pior estava por vir. E veio no domingo passado, quando Guerrero, numa batida de joelho com o adversário, rompeu seu ligamento cruzado, o que o retira do futebol em todo Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, as três grandes competições que o Inter encara nestes dias.
Agora, o treinador conta com Pottker, que insiste em não dar resposta satisfatória, além do que não é o centroavante tradicional que o treinador deseja. Tem Yuri Alberto, um jovem promissor. Ele pode jogar posicionado, mas prefere estar pelo lado, na origem da jogada. Sendo assim, para a função real de centroavante, não ficou ninguém.
Por isso, Rodrigo Caetano vasculha seus arquivos na busca de possibilidades de contratação de dois jogadores para este setor. Com o dinheiro que o Inter tem para gastar, esta é uma tarefa muito complicada. Mas, enfim, o diretor de futebol remunerado tem experiência e, apesar das dificuldades, a direção espera que ele resolva este problemão. A vida sem Guerrero, o melhor jogador do time, ficou muito complicada.