
Foram dois grandes anos de um futebol superior, quase de craque, de Luan. A Copa do Brasil e a Libertadores tiveram o jogador como protagonista. Ele foi fundamental nas duas maiores conquistas dos últimos anos do Grêmio, que tiveram ainda maior relevância porque o Grêmio viveu um longo e tenebroso inverno de 15 anos sem um título que não fosse o Gauchão ou da Série B, na inesquecível Batalha dos Aflitos.
Com toda esta importância e exuberância do seu futebol, Luan renovou seu contrato até o final de 2020, ganhando muito dinheiro e tendo reajustes anuais previstos. Foi o suficiente para não jogar mais.
Caiu de produção, como se tivesse jogado seu futebol num despenhadeiro. Teve problemas físicos, perdeu a força e, quando conseguiu entrar em campo, não teve nenhum rendimento que fosse pelo menos razoável.
Lá se vão dois anos, e o clube não consegue ver Luan em campo. Deu uma certa esperança um mês atrás, mas logo teve fratura por estresse no pé e está, mais uma vez, fora de combate.
Seu contrato vence no final de 2020 e, com isso, no meio do ano ele já pode assinar, segundo a lei, pré-contrato com qualquer clube que tenha interesse no seu futebol.
Não creio que o Grêmio tenha o desejo de renovar o contrato de um jogador que não participa dos jogos faz dois anos e que ganha quase R$ 1 milhão por mês. Com este dinheiro, pode adquirir um jogador da qualidade de Luan, mas que jogue como ele jogou em 2016 e 2017.
O camisa 7 deve entrar em alguma negociação neste final de ano, quem sabe num troca-troca, com o clube tendo algum ressarcimento do grande investimento feito com este jogador. Se não conseguir, ele sai sem indenização para o clube no final do ano.