
Tenho acompanhado com atenção a atuação da arbitragem com o auxílio do VAR. Vejo muitos problemas, relato alguns erros e reconheço as coisas boas que a tecnologia pode emprestar ao futebol na busca de maior justiça no resultado dos jogos.
O pior erro até agora está na vitória do Palmeiras por 1 a 0 o sobre o Botafogo, partida disputada em Brasília. No lance em que Deyverson caiu na área, em disputa com o zagueiro Gabriel, árbitro Paulo Roberto Alves Junior deu cartão amarelo para o centroavante do Palmeiras por simulação e nada marcou.
Depois de o VAR chamar a sua atenção, ele viu então um pisão sobre o jogador do Palmeiras, retirou o seu cartão amarelo e deu pênalti. Só que, antes da parada para revisão, ele autorizou o reinicio da partida. O goleiro do Botafogo entregou a bola ao seu zagueiro, e só aí é que ele mandou parar tudo, alertado pelos colegas do VAR.
Acontece que regra do estabelecimento do VAR nos jogos de futebol não permite voltar atrás e consertar erros depois de reiniciada a partida. Foi o que aconteceu, caracterizando erro de direito, o que pode valer a anulação da partida.
O presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, fez o correto, orientando a CBF a não homologar o resultado do jogo. O Palmeiras tem dois dias para apresentar sua versão sobre os fatos. O assunto estará sendo encaminhado para a procuradoria e, logo adiante, para a primeira reunião do Tribunal Pleno do STJD.