Quatro seleções. Nenhuma melhor do que a outra. A que construiu a maior façanha foi a seleção da Bélgica, porque eliminou o Brasil. Agora tem pela frente a França. Como os belgas, alguns jogadores notáveis, pertencentes aos melhores clubes europeus. Mas ninguém melhor do que ninguém. Tudo para se decidir na hora do jogo. Nesta quarta-feira (9), tem Croácia e Inglaterra. Um quadro muito semelhante.
Esta mini Eurocopa, que foi o que restou deste mundial com sul-americanos desastrados, ficou toda para o futebol europeu. Eles que sejam felizes e que consigam fazer jogos que agradem as pessoas no mundo inteiro. É o que restou. Nada temos a reclamar. Nos cabe refletir sobre o que é necessário fazer ou mudar.
Desde 2002, quando tínhamos três jogadores melhores do mundo, nada ganhamos. Fora disso tem o saldo negativo da frustrante goleada que a Alemanha nos aplicou naquele 7 a 1 de Belo Horizonte. Fiasco, nunca mais.
Postura
Quando vejo jogadores entrarem no estádio, rumo ao vestiário, com cabelo descolorido, com muitas tatuagens, com fones de ouvido, imagino que são jovens e, ao mesmo tempo, me preocupo com suas respostas profissionais. Tenho filhos jovens e reconheço neles comportamento e postura adequados à idade. Aos jovens do futebol é cobrado comportamento adulto, de foco no trabalho, de luta incessante na busca de objetivos, como se fossem pessoas prontas para dar todas estas respostas. Alguns não conseguem.
Em uma Copa do Mundo, não existe espaço para erros. É preciso beirar a perfeição ou ser eliminado e verá seu trabalho desvalorizado. A Seleção Brasileira perdeu no detalhe. Talvez tenha faltado para alguns jogadores a postura adulta e profissional que o momento exista. São reflexões para o futuro.
Brasileirão
O torcedor do Grêmio deve se preparar para ver um time reserva em campo no Brasileirão, ainda mais se tiver sucesso na Copa do Brasil e na Libertadores. Dez jogos em um mês, somados a viagens e concentrações, são inviáveis para seres humanos. Ou o Grêmio faz opção e busca, pelo menos, ganhar uma delas, ou enfrenta as três e perde todas pela exaustão que certamente virá. O torcedor já sabe que será assim. Foi assim que ele viu seu time ganhar títulos importantes nos últimos dois anos. Sonha com mais um, mesmo que tenha perdido Arthur.
Reforço
Tudo na vida tem dois lados. Os colorados gostariam de estar vivos na Copa do Brasil e participando da Libertadores. Seu time foi incompetente e não participa delas. Mas tem o lado bom. Enquanto os principais clubes brasileiros se desgastam em três competições, os colorados jogam sempre aos domingos. Odair Hellmann tem uma semana completa, entre um jogo e outro, para corrigir defeitos, ensaiar jogadas, recuperar jogadores de pequenos desconfortos e chegar, ao domingo, com seu time inteiraço. O calendário surge como “grande reforço” colorado. Já tem a invejada colocação de quarto lugar no Brasileirão e, com esta grande vantagem, pode ainda melhorar. Será que vai aproveitar?