Entregue há um ano pela prefeitura, ao lado do Colégio Estadual Glicério Alves, no bairro Belém Novo, uma creche que ofereceria 112 vagas gratuitas a crianças de zero a cinco anos nunca abriu as portas. No interior da escolinha, que custou quase R$ 1,5 milhão aos cofres do município, não há mobília alguma. E o abandono fica evidente com a vegetação alta em frente ao prédio.
Na quarta-feira (23), um grupo de 15 mães se reuniu em frente ao local para protestar contra a situação. Os vereadores Thiago Duarte (DEM) e Paulinho Motorista (PSB) participaram da manifestação e prometem pressionar a prefeitura.
– A gente viu tudo ser construído, ficar pronto, e isso criou expectativa em todo mundo. É quase impossível pagarmos por uma creche particular, então revolta saber que há uma escola novinha entregue ao mato – diz a dona de casa Lisandra Jacinto, 44 anos.
Segundo a Secretaria Municipal da Educação, a prefeitura busca um parceiro – como associação de moradores ou organização beneficente – para tocar a administração da escolinha. Com dinheiro do município, essa instituição seria responsável por contratar professores, comprar móveis e fazer a manutenção.
Um edital para escolher a entidade até foi lançado em maio, mas, conforme a prefeitura, o processo emperrou porque dois grupos candidatos questionaram itens do texto. A intenção do Executivo, agora, é anular o antigo edital, lançar um novo em fevereiro e, até o fim de março, inaugurar a creche.
