Todos os 36 vereadores da Câmara de Porto Alegre assinaram o protocolo para instalar a CPI da Telefonia Móvel – uma unanimidade talvez inédita na história do parlamento municipal.
O consenso já derruba uma desconfiança que ronda qualquer CPI: a de que ela sirva apenas como instrumento de guerra política, pautada mais pela ânsia de enfraquecer adversários do que pela obrigação de contribuir para a comunidade. Em Porto Alegre, poucos serviços são tão horrorosos – e tão fundamentais – à população quanto a internet e a telefonia móvel.
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– O sinal de celular é fraco, as ligações precisam ser refeitas o tempo todo, o atendimento no call center é abusivo e a internet cai quando há concentração de pessoas. Ninguém sabe se está recebendo das operadoras o serviço pelo qual está pagando – diz o proponente e futuro presidente da CPI, vereador Valter Nagelstein (PMDB).
Para garantir a equidade de forças na comissão, a orientação ideológica do relator será oposta à de Nagelstein. A tendência é de que seja o petista Adeli Sell.