Guto Ferreira desembarcou em Porto Alegre com muito trabalho pela frente e muita desconfiança da torcida e da imprensa. Por que Guto e não Levir e Luxemburgo, que naquele momento estavam desempregados? Levir vai bem no Santos, Luxa também no Sport Recife. Enquanto isso, Guto dava cabeçadas e não achava o jeito de jogar do Inter.
Os seus defensores diziam que ele precisava tempo para treinar. Luxa e Levir não precisaram. Ganharam em pouco tempo. Guto esteve praticamente demitido do Inter. Sua última chance estava no jogo contra o Oeste. E foi justamente neste confronto que começou a ideia de um time, um esquema e vitórias.
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São três, número que ainda não convence definitivamente. Só que apareceu o desempenho, que traz como consequência natural a vitória na maioria das partidas. Agora é a vez dos ajustes fundamentais.
QUALIDADE – O Inter já tem um time e se sabe de cor a escalação. Tem um esquema de dois volantes, um meia, um atacante que recompõe e dois atacantes natos. Com esta estrutura, o time ressurgiu no campeonato. Neste momento, o treinador colorado lida com ajustes.
Nesta quarta, treinou saída de trás com a bola. Antes, havia treinado toque de bola no meio-campo. Lembram que o Inter não conseguia trocar três passes numa partida? Gosto destes trabalhos. Tem uma semana para fazer. A ordem natural está sendo cumprida: o time, o esquema e, finalmente, a qualidade. É o que Guto começa a buscar.