Reportagem da BBC Mundo é de deixar os cabelos da gente em pé por estas bandas latino-americanas. Mostra um reduto do Estado Islâmico aqui ao lado, no Caribe. Reporta-se, para mostrar isso, a uma entrevista de julho do ano passado dada à Dabiq, revista de propaganda do EI. O entrevistado tem o nome de Abu Saad at-Trinidadi, "ex-cristão que se converteu ao Islã e agora é um dos muitos combatentes de Trinidad e Tobago sob a bandeira do EI".
E fala de Trinidad e Tobago.
A pequena ilha caribenha é hoje, como diz a BBC, "o maior exportador per capita de combatentes para grupos extremistas do Hemisfério Ocidental", o que tem causado preocupação às autoridades.
A ilha tropical é quase colada à Venezuela.
E atenção: a distância em linha reta (rota aérea) entre o centro geográfico de Trinidad e Tobago e o centro de Brasil é 2.955 km.
O governo americano está atento a esse fenômeno.
Para a BBC, o Departamento de Estado disse que "vê o fenômeno com grande preocupação". O presidente Donald Trump teve um contato com o primeiro-ministro de Trinidad, Keith Rowley, em 19 de fevereiro. Motivo: conversar sobre a "luta contra o terrorismo e o crime organizado internacional".
As razões para essa adesão ao terror, conforme os especialistas, são os altos níveis de violência e criminalidade, as precárias condições socioeconômicas e o crescimento do islamismo, que já chega a entre 5% e 8% da população.
A estimativa é de que entre 125 e 400 trinitários aderiram ao EI.
Pouco? Pois saiba que a população trinitária é de 1,3 milhão de habitantes.
Menos que Porto Alegre!
Não seria o caso de o Brasil também se preocupar?