O novo chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, deu um sinal de altíssimo simbolismo a respeito da sua aversão aos ditos governos "bolivarianos" que persistem na Bolívia, na Venezuela afundada em uma violenta crise institucional e socioeconômica, na Nicarágua e ainda no Equador – país onde haverá segundo turno nas eleições presidenciais em 2 de abril, com resultado absolutamente em aberto.
Para chefiar seu gabinete, Aloysio recorrerá a Eduardo Saboya, diplomata que provocou uma crise no Itamaraty, durante o governo de Dilma Rousseff, ao ajudar o senador boliviano Roger Pinto Molina a fugir do seu país de carro oficial. Pinto era adversário e se dizia perseguido pelo presidente Evo Morales. Recentemente teve levantada a punição a que foi submetido após esse episódio polêmico.
Na ocasião, Saboya alegou motivações humanitárias. Pinto estava refugiado e trancafiado na embaixada brasileira em La Paz. O episódio resultou na demissão do então chanceler Antonio Patriota.