O Centro Pompidou, com sua célebre arquitetura projetada por Richard Rogers e Renzo Piano, adentra o ano de comemorações de seu 40° aniversário na contramão da maioria dos museus e estabelecimentos culturais parisienses, que sofreram uma queda de frequência por conta do temor de ataques terroristas na cidade. Em 2016, o Pompidou registrou 3,3 milhões de visitantes, um aumento de 9% em relação ao ano anterior, num desempenho creditado à fidelidade do público francês, já que os turistas estrangeiros também diminuíram na casa. A atratividade foi garantida principalmente pelas exposições de René Magritte (que desde setembro soma cerca de 6 mil visitantes diários), Paul Klee (381.153 no total), Anselm Kiefer (297.795) e Beat Generation (227.270). Entre as 325 mostras apresentadas desde sua criação, a de Salvador Dalí, em 1979-80, foi a de maior público até hoje, com 840.662 visitantes. Para celebrar suas quatro décadas de existência, o Pompidou preparou um programa de 75 eventos ao longo deste ano, entre os quais estão exposições de David Hockney, Josef Koudelka, Ross Lovegrove, Fred Forest, Walker Evans, André Derain, César, Nalini Malani, Hervé Fischer e Steven Pippin. E, para quem estiver em Paris no início de fevereiro, o fim de semana dos dias 4 e 5 será de acesso gratuito e repleto de atividades e animações artísticas para todos os gostos, com direito a desfile, fanfarra, cabaré e baile.
Toujours Paris
Perto de completar 40 anos, Centro Pompidou, em Paris, resiste à queda do turismo e celebra público fiel
Museu anda na contramão da maioria dos estabelecimentos culturais parisienses, que sofreram uma queda de frequência por conta do temor de ataques terroristas na cidade
Fernando Eichenberg