O turista parisiense poderá cruzar a partir de agora com simpáticos cães nas estações de metrô da cidade. Na verdade, trata-se de cães farejadores de explosivos, uma nova experiência, em período de teste por seis meses, em 32 estações do metrô da cidade, além da linha de metrô suburbano RER A. Em tempos de constante ameaça terrorista, a ideia é agilizar a intervenção das forças da ordem em casos de bagagens ou pacotes suspeitos abandonados nos subterrâneos. Entre janeiro e outubro deste ano, a RATP, empresa que administra o transporte público na capital francesa, registrou 2.017 pacotes suspeitos no metrô (um aumento de 60% em relação a 2015), uma média de sete por dia, provocando interrupções do tráfego ou fechamento temporário de estações. Os cães farejadores, em número inicial de quatro pastores-belgas e um labrador, foram treinados para detectar com rapidez a existência de traços de explosivos. Em caso positivo, o animal senta-se ou deita-se, e o esquadrão antibomba é alertado. Os cães, aliás, poderão perceber explosivos também em pacotes não abandonados. Ao mesmo tempo, foi lançada uma campanha de sensibilização para incitar os usuários do metrô a terem maior cuidado com seus pertences, para evitar a intervenção canina ou dos policiais e a consequente perturbação do tráfego e apreensão dos passageiros.
Toujours paris
Franceses testam cães para farejar explosivos em Paris
Em tempos de constante ameaça terrorista, a ideia é agilizar a intervenção das forças da ordem em casos de bagagens ou pacotes suspeitos abandonados nos subterrâneos
Fernando Eichenberg