A globalização trouxe a facilidade de viver em qualquer lugar. Os jovens, em algum momento, acabam pensando seriamente em partir – é claro, se tiverem facilidades econômicas e formação para tanto. Mesmo os mais velhos ficam namorando o aeroporto como saída para o Brasil. Abastados emigram para Miami, estudiosos para a Europa. Entendo como é difícil, quando se tem alternativa, conformar-se à crueza da nossa violência, associada à pobreza da nossa educação. Porém, posso avisar: ser estrangeiro é doloroso, nunca nos sentimos plenos quando temos que nos expressar, pelo resto da vida, em uma língua que adquirimos depois de crescidos.
Artigo
O preço de partir
Psicanalista escreve quinzenalmente no caderno Vida
Diana Corso