Os familiares das vítimas do atentado terrorista à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) poderão ser incluídos no rol de denunciantes do processo que investiga a ex-presidente Cristina Kirchner por suposta traição à pátria. Cristina foi denunciada em janeiro de 2015, pelo procurador Alberto Nisman, por ter encoberto a participação do Irã no ataque, ocorrido em 1994 em Buenos Aires e que matou 85 pessoas - somando-se aos 29 mortos em atentado similar realizado contra a embaixada de Israel doia anos antes. Nisman foi encontrado morto quatro dias depois de apresentar a denúncia e um dia antes do dia em que apresentaria as provas no Congresso argentino.
A denúncia de Nisman, a propósito, será reaberta.
O procurador sustentava que Cristina havia celebrado acordo com o Irã para livrar os suspeitos do atentado à Amia em troca de vantagens comerciais.
Cristina alega justamente o contrário: que sua intenção era de facilitar a oitiva dos iranianos e que não haveria qualquer previsão de acobertamento.