Inflação, recessão, desemprego, desequilíbrio fiscal. Demolição da lei de responsabilidade fiscal, aniquilação da credibilidade do regime de metas de inflação brasileiro, segmentação alarmante do mercado de crédito devido à atuação abusiva dos bancos públicos. A Petrobras reduzida a pó, a Caixa Econômica Federal enfrentando problemas que, possivelmente, deverão exigir que seus rombos sejam cobertos pelo governo. Estados e municípios estrangulados por dívidas que tencionam renegociar com a União, esforço que alimentará a alta incessante da dívida pública brasileira. Será que esqueci de incluir algo nessa lista, lista de amarguras que Temer, o futuro timoneiro brasileiro, terá de encarar nos primeiros dez segundos de seu eventual governo?
Artigo
Timoneiro
Economista, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, professora da SAIS, Johns Hopkins University