Julho de 85, estava em uma comemoração da família da minha mulher em Buenos Aires. Um senhor de idade soube que eu era brasileiro e puxou conversa. Havia um sabor raro em seu português fora de moda. Ele morara alguns anos no Brasil e me desfilava palavras extintas, gírias esquecidas, sobre uma Bagé que tampouco então existia. Sons e paisagens antigos, aliados a um português alheio a todos, nos fizeram uma ilha no recinto.
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