Não será a cena cinematográfica que muitos queriam, do presidente americano discursando na Casa Rosada enquanto manifestantes gritam em frente, na Praça de Maio, por justiça aos 30 mil mortos e desaparecidos. Isso poderia se dar neste 24 de março, dia que marca os 40 anos do cruento golpe militar e da ditadura que se seguiu. Foi na véspera dessa efeméride, porém, que Obama esteve na sede do governo argentino, com a mítica praça ainda vazia. Mas, de lá, não deixou de dar seu recado, lamentando que, em política externa, "há momentos de glória e outros que são o contrário". Confirmou que os EUA desclassificarão os arquivos militares e de inteligência sobre os sete anos de exceção. E também adiantou que homenageará "o heroísmo de quem se opôs" ao regime despótico.
Guerra Suja
Ditadura militar presente na pauta argentina de Barack Obama
Presidente americano visitará memorial, reconhece momentos pouco edificantes do seu país e confirma desclassificação de documentos
Léo Gerchmann
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