
Andando pelas lojinhas do centro de Doha ou nas lojas de shoppings, Marrocos é sucesso. Faltam camisetas e mantas. Sobram marroquinos e argentinos, escasseiam franceses e croatas.
Marrocos joga seu jogo desencantado e emocionante ao mesmo tempo. Tem seu goleiro super-herói e seu camisa sete refinado. Bounou e Ziyech representam o defender caudaloso e o atacar parcimonioso que tem levado o time a lugares tão altos quanto desconhecidos a marroquinos em geral.
Há uma natural simpatia pelo desafiante que encara dificuldades como se elas não existissem. Se incorporar a isso o combo de ser Marrocos o representante do mundo árabe e muçulmano e embalar tudo no papel de seda do confronto do colonizado x colonizador, a cena épica está pronta.