Não é exatamente um movimento simultâneo, mas quase: duas plataformas que se dedicam - entre outras atividades - a cuidar de imóveis adquiridos por investidores estão aumentando suas apostas em Porto Alegre.
São duas proptechs (do termo em inglês property technology): Charlie, que já nasceu com esse foco, e QuintoAndar, que acaba de agregar esse serviço.
Fernando Oporto, chileno que dirige a nova frente no QuintoAndar, detalhou à coluna que o foco está em proprietários que tenham a partir de cinco imóveis para alugar em bairros como Moinhos de Vento, Bela Vista e Petrópolis. Oferece, sem custo extra, acompanhamento de um gerente de conta, experiência facilitada na gestão dos imóveis na plataforma e combinação de ofertas para potencializar a rentabilidade. E justifica:
— Nos últimos meses, é o perfil que mais tem crescido no QuintoAndar, com aumento de 30% na base e projeção para aumentar mais 30% até o final do ano.
Allan Sztokfisz, cofundador do Charlie, que atua também com estadas de curta duração (por Airbnb, Booking e outros instrumentos de reserva), disse à coluna que está ocupando o espaço deixado pela saída do segmento da concorrente Nomah, do Loft.
— Isso nos permitiu aumentar a operação em mais de 50%.
O Charlie tem parceria com construtoras - no Sul, já são 40, como Cyrela e TGD em Porto Alegre - e oferece aos investidores serviços desde o lançamento, que vão da customização (incluindo louça, enxoval e até eletroportáveis) à gestão. Outro modelo em que a plataforma tem crescido é a administração de investidores institucionais, como fundos imobiliários.
— O inquilino morador pode ir só com a mala de roupas, uma tendência que cresce no mundo. Em alguns casos, chegamos a gerir um prédio inteiro — detalha.
