Assim como Pelé, deixo Zagallo fora de qualquer comparação. O jogador e o técnico devem ter os seus postos respeitados. Foram os melhores nas suas funções. Feita essa vírgula, considero que se o Athletico-PR vencer o Flamengo na final da Libertadores deste sábado (29), Felipão se tornará o maior técnico brasileiro da história. Depois de Zagallo, claro. Será a terceira conquista da América do treinador gaúcho. Antes, venceu por Grêmio e Palmeiras.
São mais de 35 anos de carreira de Felipão. Destes, mais de 30 são de conquistas. A primeira foi a Copa do Brasil pelo Criciúma, em 1991. Na extensa lista de títulos estão os anos mágicos no comando do Grêmio, com Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. Depois repetiu o sucesso no Palmeiras. E aí não parou mais. Felipão treinou o Chelsea, foi campeão na China, levou a Seleção de Portugal a uma final de Eurocopa e comandou o penta do Brasil na Copa do Mundo de 2002. É uma carreira de muito sucesso. Claro que neste percurso aparecem derrotas e fracassos. O 7 a 1 para a Alemanha é a maior cicatriz na carreira de Felipão. Mas as conquistas são muito maiores que as derrotas.
Agora, no Athletico, Felipão pode coroar esse ciclo com o tri da América. O time paranaense é a zebra em uma final onde o favoritismo é todo do Flamengo. Mas é um jogo só e não há ninguém mais capacitado que Felipão para surpreender o time carioca e conquistar o título na final em Guayaquil. Se vencer, aos 73 anos, Felipão será o maior técnico brasileiro da história.