Foi um senhor Gre-Nal. Um jogo cheio de ataque, contra-ataque e quente. Um clássico com seu roteiro completo. O Grêmio está na final porque foi mais efetivo e eficiente no sábado, no Beira-Rio. Na Arena, jogou com sua vantagem e avançou no Gauchão por causa dela.
Para os colorados, ficou a imagem positiva de um time que tem lastro ainda para crescer. Há um trabalho em desenvolvimento e uma reformulação em curso, com jogadores chegando e outros saindo, além de novas hierarquias no time, como a da nova dupla de zaga, formada agora por Kaique Rocha e Bruno Méndez.
Medina
O clássico era uma encruzilhada para o uruguaio. Passava por esta noite a sua permanência no Inter. Se depender do rendimento do time, Cacique Medina segue em Porto Alegre. O Inter foi dominante. Ocupou o campo do Grêmio, controlou as ações ofensivas e, desta vez, arrematou mais a gol e criou mecanismos para evitar os contra-ataques perigosos do Grêmio. A vitória de 1 a 0 foi merecida e tem o status de ser a segunda em quase uma década de Arena. Desde 2014, não vencia na casa do rival.
Medidas
Roger apostou na mesma estratégia do Beira-Rio. A única diferença foram alguns momentos em que marcou alto a saída do Inter e tentou impedir que saísse de trás tocando a bola. No restante, armou uma barricada na frente da área e esperou um vacilo do Inter para o contra-ataque agudo. Que acabou acontecendo em duas ou três ocasiões apenas, mas sem a efetividade de sábado.
Roger precisará repensar o time para o final de semana, em Erechim. Thiago Santos, mesmo em uma noite favorável, acabou comprometendo. O lance do gol do Inter vem de uma falta desnecessária. Gabriel Silva, inclusive, entrou para dar mais força ofensiva, com Lucas Silva mais recuado. Porém, não será novidade se Fernando Henrique aparecer por ali. O Grêmio, apesar da apreensão de uma noite em que deu a bola ao rival, é o justo finalista pelo que fez no Beira-Rio. Ali, foi perfeito na execução de sua estratégia de jogo.