Só a cautela impede o Grêmio de anunciar, agora, Douglas Costa. Além do acerto salarial, já está alinhado um acordo do jogador com a Juventus. Douglas tem contrato até a metade de 2022 com os italianos. Para voltar ao clube dos seus amores, ele prorrogará o contrato por mais uma temporada lá e, assim, ficará um ano em Porto Alegre.
Tudo isso, no entanto, precisa ser oficializado, colocado no papel. É só o que falta para que o anúncio seja oficial. Os rendimentos serão os mesmos que recebe hoje, mas diluídos em dois anos. Neste primeiro, tudo fica a cargo do Grêmio. Trata-se de um número que parte de valores entre R$ 11 milhões e R$ 12 milhões anuais, conforme me disseram fontes próximas do negócio.
Haverá, além disso, um gatilho por produtividade e a possibilidade de ganhos extras com ações de marketing, a partir da exploração da sua imagem. A prorrogação de contrato não descarta que a estada de Douglas por aqui vá além deste primeiro ano.
A aposta da Juventus, porém, é de que o meia-atacante recupere seu nível mais alto com uma sequência de jogos, o que não teve nesta última temporada. Assim, os italianos esperam recuperar parte do investimento. Dias antes da Copa de 2018, pagaram 40 milhões de euros (na época, R$ 186 milhões) ao Bayern.
Para o Grêmio, os valores mensais a serem pagos a Douglas Costa estão dentro da realidade do clube. É claro que o meia-atacante estará entre os maiores vencimentos, numa prateleira que conta com nomes como Geromel e Kannemann.
O impacto desse novo salário nas contas do clube pode ser quase zero. Isso se o clube conseguir recolocar no mercado alguns jogadores que, neste momento, estão em um plano secundário. Casos de Everton Cardoso, Victor Ferraz e Paulo Victor. Somados, os vencimentos mensais deles são equivalentes ao que o clube pretende pagar por Douglas Costa. O desafio da direção, porém, é encontrar destino para nomes como esses em um período de recessão para os clubes brasileiros.