Nos bastidores do Grêmio, dois nomes apareceram nas primeiras horas pós-queda de Renato: Tiago Nunes e Lisca. O primeiro parece encaixar mais no que pensa a direção sobre o futuro técnico. Lisca é reconhecido como um dos principais nomes da sua geração no mercado, mas o movimento que trouxe seu nome foi mais externo do que interno. Em um primeiro momento, o santa-mariense Tiago estaria na dianteira na preferência da direção.
Há alguns motivos que produzem isso. O primeiro é o fato de Romildo Bolzan Júnior admirar há algum tempo o trabalho de Tiago. Antes mesmo de ele luzir no Athletico-PR. Outro motivo é sua trajetória marcada por bons trabalhos na base e aproveitamento de jovens. No Athetico-PR, chegou para assumir o sub-23 em maio de 2017, depois de fazer um bom Gauchão pelo Veranópolis. Foi campeão estadual em 2018 e sucedeu Fernando Diniz no time principal levando junto Renan Lodi, Bruno Guimarães e afirmando Léo Pereira como titular. É isso que o Grêmio planeja no seu projeto para 2021.
Um terceiro motivo que reforça o nome de Tiago é sua identificação com o clube. Em 2013, ele comandou por sete meses o sub-15. Conquistou o título da Copa FGF com um time que contava com Jean Pyerre de camisa 10, Darlan, Guilherme Guedes, Patrick e Lincoln. Jean, aliás, é admirador do técnico. A família aponta que aqueles oito meses de convivência transformaram o guri. Eles podem se reencontrar. Agora, no time principal.