Foram cinco técnicos em uma temporada. Um deles, Ramón Díaz, nem estreou. Precisou passar por uma cirurgia e voltou para casa sem treinar o time. O 2020 começou com Alberto Valentim, seguiu com Paulo Autuori, o mais longevo, teve Bruno Lazaroni, demitido 27 dias dias depois de contratado, embora tenha conquistado duas das quatro vitórias do time no Brasileirão.
Foi quando o clube buscou Díaz. Sabia de suas questões médicas, mas mesmo assim apostou. Só que não o esperou. Eduardo Barroca, que havia sido lançado em 2019 pelo Botafogo, voltou para casa. Mas foram 10 derrotas, um empate e só uma vitória até o rebaixamento, na derrota de sexta-feira (5) para o Sport, e a demissão.
Os resultados péssimos do Botafogo são reflexo de uma sucessão de gestões equivocadas. Só nesta temporada, além dos cinco técnicos, foram 25 contratações. Algumas delas com mais impacto midiático do que técnico, como as do japonês Honda e a do marfinense Kalou, veteranos que vieram ao Brasil para alongar um pouco mais a carreira. Honda foi jogar em Portugal, mas Kalou ainda é um nó que precisa ser desatado.
O plano para voltar à Série A em dezembro de 2021 passa por uma remodelação na gestão. Durcésio Mello assumiu no dia 4 de janeiro com uma dívida de R$ 800 milhões e a necessidade de colocar em prática o plano de transformar o clube em S/A. A questão é saber quem apostará seu dinheiro no Botafogo.