O presidente Romildo Bolzan Júnior é objetivo: não existe no Grêmio urgência para a venda de um jogador. O que existe é a necessidade de se buscar mais R$ 70 milhões em negociações. O prazo, garante ele, é mais longo. Se for agora, melhor. Se for em dezembro, ainda estará dentro de um prazo com o qual o clube pode lidar.
Essa situação sem premência, e a colheita feita na Arena de cinco temporadas de gestão controlada e sem arroubos motivados pelo campo. A pandemia provocou um terremoto nas contas do futebol brasileiro. Estremeceu o Grêmio também, mas o estrago foi melhor absorvido pelas estruturas reforçada ano a ano nesta gestão Romildo.
Em conversa rápida por telefone na tarde de quinta-feira (11), o presidente reconheceu que a parada de quase três meses golpeou as finanças. Porém, garante, a receita que deixou de entrar foi compensada com desonerações, parcelamentos e renegociações que jogaram para a frente alguns pagamentos a serem feitos.
Nas entrelinhas, ao mostrar a firmeza com a qual o clube enfrenta essa crise, o presidente também manda um recado ao mercado. Não será pelo fato de que o dinheiro sumiu no futebol brasileiro que nomes como Everton e Pepê serão vendidos a preço de banana. Quem quiser levá-los, precisará sentar à mesa na Arena e negociar. "Estamos conseguindo manter o equilíbrio", me disse Romildo antes de desligar e curtir o feriado de Corpus Christi.