No ano passado, em um dos momentos de instabilidade do time, o presidente Romildo Bolzan Júnior havia alertado que o Grêmio se encontrava em um momento de “transição”. Ou seja, aquela formação que conquistou títulos passava por transformações. Pode-se dizer que a transição foi completada neste começo de 2020 estremecido por mudanças em série no grupo de jogadores e em seu entorno.
O Grêmio campeão da Copa do Brasil e da América ficou para a história. Uma base daquele grupo foi mantida. Mas é pequena. Restaram oito jogadores inscrito naquela Libertadores — Patrick, Jean Pyerre e Pepê recém começavam a ganhar chance no grupo principal e, por isso, não contam. Dos titulares, restam apenas três: Geromel, Kannemann e Maicon.
Renovação
A mão firme colocada por Romildo no vestiário abre um novo ciclo no Grêmio. Na conversa que tive com o presidente depois das demissões de quarta-feira (15) e na entrevista coletiva de quinta (16), ele reiterou que as mudanças faziam parte de um processo de gestão, algo mais global do que individual. Traduzindo em miúdos, Romildo percebeu a necessidade de ruptura depois de um ciclo vitorioso.
O Grêmio muda para acabar com zonas de conforto que se criam em vestiários. Elas são instintivas. Porque são alimentadas pelas vitorias e pelo tempo de convivência juntos. Diante desse cenário, pode-se dizer que um novo Grêmio começa a ser montado neste 2020 que começou como um vendaval na Arena.