Pelo menos nas próximas cinco rodadas, Emerson Santos, 23 anos, será o titular da zaga do Inter. Para quem conhece bem o zagueiro, não há motivos para qualquer receio. Mesmo que sua missão seja a de substituir Rodrigo Moledo, líder da posição no prêmio Bola de Prata, da ESPN e um dos destaques do time na temporada. James Freitas, auxiliar de Roger no Palmeiras, trabalhou com Emerson até ele desembarcar no Beira-Rio, em julho, e garante que o jogador está pronto para a tarefa de manter a firmeza da defesa colorada. Por telefone, James conversou com a coluna. Confira.
Como você pode definir o Emerson Santos?
Ele é um jogador de muita boa qualidade técnica, ambidestro, tem facilidade de fazer também a função de lateral e pode atuar dos dois lados da zaga.
Como ele estava com você e o Roger no Palmeiras?
Estava muito bem conosco, vinha bem no dia a dia de treinamentos. Como contávamos com outros jogadores para a posição, remanescentes de 2017 (Edu Dracena, Antônio Carlos, Thiago Martins e Luan), ele teve poucas oportunidades. Mas não por falta de qualidade, mas porque havia outros quatro já estabelecidos. O Emerson teve poucas chances de jogar, por isso, quando apareceu a oportunidade de sair, ele tomou essa decisão.
Quando ele chegou ao Palmeiras, estava havia quatro meses sem atuar, pelo fato de não ter aceitado renovar com o Botafogo. Isso atrapalhou?
Sim, como estava sem jogar por longo tempo, isso atrapalhou um pouco. Como podíamos inscrever apenas 23 no Paulistão, ele ficou de fora. Mas foi inscrito na Libertadores. Mas se trata de um menino bom, excelente caráter, sempre se aplicou muito no dia a dia.
O Emerson não é um zagueiro alto, tem 1m84cm. Qual a grande virtude dele?
Ele é um zagueiro técnico, rápido e não é de imposição, é de jogar com a bola mesmo. Tem muita qualidade de passe e facilidade para jogar. Em alguns treinos conosco, até de volante atuou. Aliás, se pegar o histórico dele, com o Jair Ventura (no Botafogo) jogo muito de lateral-direito e até de lateral-esquerdo. Tem recursos.
Ele sentiu a troca do Botafogo pelo Palmeiras?
Não. É um cara supertranquilo. A mesma tranquilidade que transparece no dia a dia é que leva para os jogos. É um jogador muito tranquilo, parece um veterano, apesar da pouca idade. Não se apavora, é seguro. Até porque tem qualidade para jogar.
O que motivou a saída dele do Palmeiras?
Se tivesse tido paciência, ele receberia as oportunidades conosco. Mas, como foi pouco aproveitado no primeiro semestre, e jogador sempre busca atuar, foi buscar espaço em outro clube. O Palmeiras tem isso, como conta com muitos jogadores de qualidade, acaba que muitos não são aproveitados e alguns buscam espaço em outros clubes. O Hyoran, por exemplo, teve paciência para esperar uma chance. Quando ela veio, se firmou. Mas nesse período recebeu muitas ofertas para sair, já que não vinha jogando.
O Inter estava na disputa pela contratação do Emerson, diante da decisão de não renovar com o Botafogo ao final do vínculo, em dezembro de 2017, mas o Palmeiras chegou antes.
Sim. Quando chegamos lá, soubemos disso. O Emerson estava acertado havia alguns meses. Além do Inter, ficamos sabendo que o São Paulo tinha feito proposta, e o Corinthians, tentado um acerto.