
Uma estrada pavimentada deixou mais rápidas as viagens entre Porto Alegre e São Leopoldo a partir de 1934. A firma Dahne, Conceição & Cia construiu uma faixa de três metros de largura de concreto armado, além de um metro e 20 centímetros de pedras irregulares nas laterais. A obra foi inaugurada poucos dias depois da entrega de outra faixa de concreto entre Porto Alegre e Gravataí.
O trem era o principal meio de transporte entre a Capital e a cidade do Vale do Sinos. Os carros, caminhões e ônibus trafegavam em estrada de terra, concluída em 1921, ao lado da ferrovia. Os barcos navegavam no Rio dos Sinos, mas o serviço ficava prejudicado em períodos de estiagem.
A obra de pavimentação da estrada começou em 11 de março de 1933. O interventor federal no Estado, General Flores da Cunha, viajou com uma comitiva no trem até São Leopoldo para a cerimônia. A faixa de concreto totalizaria 27 quilômetros entre as pontes do Rio dos Sinos e do Rio Gravataí.
O jornal A Federação publicou que a construção mobilizaria 800 operários e duas betoneiras. As pedras britadas foram retiradas de pedreira de Esteio, transportadas nos vagões dos trens. Em 30 de janeiro de 1934, foi noticiada a conclusão da pavimentação das estradas para São Leopoldo e Gravataí.
Em São Leopoldo, o General Flores da Cunha e o prefeito Theodomiro Porto da Fonseca inauguraram a faixa de concreto em 1º de maio de 1934, em cerimônia junto à Ponte 25 de Julho. Naquele dia, um motorista de ônibus ficou ferido em colisão no trecho de Canoas.
Depois da construção da BR-2 (BR-116), a Estrada Velha perdeu relevância. Com o crescimento das cidades, o traçado foi incorporado às áreas urbanas, virando ruas e avenidas. A Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, no traçado da velha rodovia em São Leopoldo, é conhecida como Mato de Sapucaia ou Estrada do Horto. Em outro ponto, moradores mais antigos ainda se referem à Rua Saldanha Gama como Faixinha.