![Juliana Bublitz / Agencia RBS Juliana Bublitz / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/35812037.jpg?w=700)
A lousa instalada na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, chama a atenção de quem passa (veja as fotos abaixo). Lá, um coletivo de psicanalistas da Capital reúne-se todos os sábados com um propósito que pode até soar inusitado: ouvir.
A iniciativa, que completa cinco anos em 2023, oferece escuta psicanalítica no espaço público - de graça e a qualquer pessoa, independentemente de renda ou classe social. Os profissionais abrem cadeiras de praia perto do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e esperam. Sempre aparece alguém.
— A psicanálise se estabeleceu no Brasil de forma muito elitista. Esse projeto é uma maneira de tentar equilibrar a balança, de democratizar o acesso e de fazer falar quem, em geral, não é escutado — explica Germano Pedroso, um dos integrantes do grupo.
O coletivo conta com 14 profissionais e foi idealizado pela psicanalista Fernanda Vial a partir de experiências semelhantes em outras cidades brasileiras. Todos os participantes são voluntários e não pensam em parar.
— A gente acredita nas trocas — resume Luciane David, que produziu uma dissertação de mestrado sobre o tema no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da UFRGS.
Como participar
O grupo está na Praça da Alfândega todos os sábados, perto do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, das 10h às 12h30min. Com chuva, a atividade é transferida para o vão do Palácio da Justiça, na Praça da Matriz. Os atendimentos são individuais, gratuitos e por ordem de chegada. Mais detalhes no perfil @psicanalisenapraca_poa no Instagram.